terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Toda Solidão.

De tão só,nem mais tem presa, a garganta,o aperto e a morte em nó,e no mundo de cada lágrima espanta,do furacão emocional perdido,no torvelinho da nebulosa memória,de fato buscando sentido,do passado e de uma glória,das flores do jardim,que já murcharam na espera,indo preso e assim,no futuro que já era,no vazio de um poente,morre uma alegria,que outrora era contente,e já de partida,deu adeus a sua querida,naquela estação,parado, estatelado,esperado em vão,por fim,voltou-se a seu estado vital,numa morte programada,sem razão.

Numa esperança torturante, como de toda solidão, que por mais sozinha que seja, espera, espera em seu âmago um abraço, um gesto, um carinho, algo que lhe guie pelo caminho e não vá, espera que na jornada encontre algo que lhe tire o sozinho, e numa esperança de alegrar, de não ser mais tão sozinho.


Toda solidão tem uma esperança, uma esperança excruciante que lhe consome. Deseja ardentemente, algo que lhe acompanhe, que lhe dê proteção, algo que só na presença desfaz a tortura. Toda solidão espera, de uma forma inconstante, não ser mais assim, tão sozinha.

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