domingo, 12 de dezembro de 2010

lovelockdown

De uns tempos pra cá,muita coisa mudou.Aquilo que ardia,esfriou.As borboletas no estômago e a fome de você passaram, não me pergunte o por que. Talvez no fundo,eu ainda te ame, mas a vibração já é outra. Vou trancar o meu amor, cansei de me machucar. De tanta doação, sem receber nada, acabei ficando sem fundos, sem mundos, vazio. Dizem que o tempo, ajuda a melhorar, talvez um ano fora, ou só uma mudança de foco. Talvez seja disso que eu precise, trancar meu amor. E deixá-lo assim. Trancar o meu amor. Os 'eu te amo' já não têm tanta verdade. E a antiga fome de você, já estpa cheia e sem vontade. Quem sabe um dia, num café desses de rua, ou num encontro desses que o destino gosta de fazer, nós nos encontremos... E fica a pergunta, será que o amor, depois de tanto tempo passado, trancado dentro de nós pode ter se curado? Não tenho certeza disso,mas eu vou esparar pra ver,

Até lá,

Meu amor fica trancado.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Fuck it, I need u

Ele estava lá, parado.
Ela estava estática, não movia um músculo.
Quando os olhos se encontraram ela falou:

Cansei! Cansei, não aguento mais!
Não aguento mais essa prisão!
Esse tormento, esse falta de paz!
Não suporto essa ilusão.
Por favor, seja sincero,
Diga a verdade,
Diga que não há mais nada,
Ou ainda que há um tudo,
Que esse abismo entre nós é apenas ilusão,
Diga, não aguento mais,
Essa angústia me consome,
Diga, diga que me ama,
Fale, vamos, por favor, estou suplicando.
Eu preciso viver a cada segundo te amando.
Vamos,por favor, não fique assim, calado,
Expresse-se,diga, vamos...diga.


O olhar dos dois estava fixo, um no outro.

Ele se aproximou dela rapidamente e sussurrou ao ouvido dela:

Que se fodam as consequências, Eu amo você.

conto de natal

Era uma noite escura e gelada, a neve caía forte, e o vento soprava com tanta força que os enfeites da porta da loja já haviam caído umas três vezes. O dono, nas duas primeiras os ajeitou, mas quando caiu pela última vez, resolveu deixá-los lá.
Por trás da vitrine estavam expostos alguns brinquedos, um ursinho marrom com calças azul com bolinhas brancas que tinha um remendo no lugar do olho direito, uma boneca de vestido vermelho com branco que havia sido costurada com o sorriso de cabeça pra baixo, uma bailarina gordinha e um pierrô que, por mais que girasse a manivela, não saía de sua caixa.
Acima desses brinquedos havia um velho cartaz que dizia: A Ilha dos Brinquedos Desajustados.
O relógio no alto tocou indicando que já eram nove horas da noite.
O silêncio pairava sobre a loja, nada se mexia, até que...
- Uaaaaah. – Bocejou o ursinho.
- Até que enfim, já estava cansada de ter que ficar tão parada! – Exclamou a boneca.
- Quando se é um brinquedo tem que se acostumar a ficar parado por muito tempo. – Disse a bailarina.
- Mesmo assim, já estava cansada.
- Pessoal... – Disse o Pierro saindo de dentro de sua caixinha bem devagar. – Vocês sabem que dia é hoje?
- É véspera de Natal... – Disse o ursinho.
- Mais um ano se passou, e nós continuamos aqui, sem poder dar alegria que os brinquedos podem dar as crianças... – falou a bailarina murchando.
- Não seja pessimista! – Exclamou o ursinho.
- Por que não posso ser? Desde que o filho do Dono da loja morreu, todos os brinquedos dessa loja perderam sua magia, é uma questão de tempo até que percamos a nossa! – Choramingou a boneca.
- Ainda há esperança... – tentou falar o ursinho.
- Que criança no mundo vai de querer uma bailarina gorda? – Disse a bailarina. – Ou um Pierro que tem medo de crianças e nunca sai da caixa, ou uma boneca que não sorri? Ursinho, compreenda que você é o único que ainda pode ter um concerto, basta achar um botão e costurar e pronto, terá seu olho de volta! Mas nós? Nós somos casos perdidos. – Disse a bailarina fazendo uma pirueta e ficando de costas para os amigos.
- Ela tem razão! – Exclamou o Pierro. – Afinal, que criança vai nos querer...
Um momento de silêncio pairou entre os brinquedos, o único som era vindo dos soluços da boneca que chorava no seu canto.
Então, o ursinho se manifestou:
Embora eu seja aquele com o olho a menos, os cegos aqui são vocês, se vocês pudessem ver o que eu vejo... Não há bailarina no mundo que dê mais piruetas que você! Quem liga se você é feita com um pouco mais de material, o que importa é o seu talento! E você Pierro? Quantas vezes não morremos de rir de suas piadas, se você apenas parasse com esse seu medo, se você enfrentasse, talvez visse o quanto você pode passar felicidade... E você, boneca? Todas as bonecas do mundo vêm com um sorriso estampado na cara, você não! Você consegue mostrar pras pessoas que elas podem ter outros momentos, que existem outras emoções, você demonstra que há diferença!
Após a manifestação do ursinho os quatro brinquedos, entre lágrimas e sorrisos se abraçaram.
Uma batida muito forte veio da porta, os quatro brinquedos mantiveram o abraço, como se quisessem se proteger. Uma batida veio novamente, depois outra e mais outra. Cada uma mais forte que a anterior até que, de repente, parou.
Então, o dono da loja veio correndo de seu quartinho até a entrada, olhou pelo olho mágico da porta, então a abriu.
Um menininho havia desmaiado e uma menininha estava ao seu lado choramingando.
O dono os trouxe para dentro, trancou novamente a porta, ascendeu às luzes e preparou um chá.
Os pobres garotos estavam roxos de tanto frio.
O Dono da loja cuidou do pobre menino, vestiu-o com roupas quentes e acalmou a menina.
Quando passava da uma da manhã, o menino recuperou a consciência.
- O-onde eu estou? – gaguejou o menino.
- Está a salvo. – Disse o Dono. – De onde vocês são garotos? Onde estão seus pais?
- Nós não temos pais, fomos criados em um orfanato! Por favor, senhor, não nos leve pra lá de novo, lá é um lugar muito ruim! Por favor! – Mesmo com a voz fraquinha, o menino pedia aquilo com força, como se sua vida dependesse do Dono.
O Dono da loja olhou bem no fundo dos olhos do menino, uma pequena lágrima escorreu dos grandes olhos azuis do dono. Então, ele resolveu adotar o menino.
- Bem, vocês podem ficar, meus filhos. – Disse o Dono. – Bem, já que agora sou seu pai e já que também é véspera de natal, acho que eu devo dar seus presentes, não é?
- Presentes? – Os dois exclamaram!
O Dono da loja pegou os quatro brinquedos da Ilha e deu para os filhos.
- Eles são meio desajustados...
- Eles são perfeitos. – Disseram as crianças. – E com um sorriso todos se abraçaram, e mesmo naquela noite fria de natal, sentiram o calor de uma família.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

vontadededizer

Dois pontos,
entre o passo e o espaço,
unidos um ao outro feito laço,
Perdidos, doidos, Tontos,

Completando-se em todo aspecto,
De forma alucinada e insana,
Perdidos numa paixão que os consome,
Envolvidas d'alma ao espectro,

Colados,atados,presos sem intenção de se soltar,
Para sempre estariam juntos,
Ou por enquanto para sempre durar,

Não importando o que pensavam,
O que diziam,
O que importava,
Era o que um pelo outro sentiam,

E assim morreram,
Juntos, sem se separar,
Na mesma hora e mesmo instante,
Na sua eterna aventura errante.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Necessidade.

Perguntaram-me do que eu precisava...

Eu preciso de um ombro amigo, alguém que chore e ria ao meu lado, que converse bastante, mas fique bem calado, eu preciso de um tempo, de espaço ou de um intervalo, eu preciso de algo que me tire esse entalo, eu preciso desabafar, gritar e dizer o que eu guardei,preciso também me conter, e ficar com o que só eu sei,preciso de um segredo, um vício ou uma motivação, também preciso de um porre,férias, uma noite de sono ou de verão, necessito, ainda, de um pouco de vontade, algo que mate minha estranha fome, preciso também de um pouco de sonho, pois nem só de pensamentos vive o homem, preciso de carinho e ódio, preciso deixar-me entorpecer, alucinar, preciso sair do meu corpo e viajar, abandonar as minhas quatro paredes, os meus quatro cantos de mundo, preciso deixar-me sentir,também, um pouco de dor,

Eu preciso de amor.

domingo, 24 de outubro de 2010

mais um conto.

Era por volta das onze da manhã quando levantei de minha cama me arrastando, eu, usualmente, nunca durmo tanto assim, mas a noite passada pediu que eu abrisse uma exceção...
Após fazer minha toalete matinal, dirigi-me até a cozinha, minha mãe estava lá, como o habitual de domingo, lendo sua revista...

- Boa dia,meu filho. Não coma, iremos sair já já, hoje quero que você e sua irmã conheçam umas pessoas...

Bem, minha reação foi praticamente nula, só fiz pegar meu leite,não funciono sem ele, e segui para o meu quarto.

Quando passava pouco mais de meio dia, estavamos todos no carro de minha mãe indo ao restaurante...

- Meus filhos, por favor sejam divertidos e simpáticos, sejam vocês mesmos. - Disse minha mãe.
- Mãe, é pra nós sermos nós mesmos ou divertidos e simpáticos? - Respondi com um leve tom de ironia.

Chegamos ao restaurante, era um dos meus favoritos, o que significava lá vem chuva...

Entramos no restaurante, minha mãe se dirigiu a uma mesa grande onde havia um homem alto em pé.

- Crianças, esse é o namorado da mamãe. - Disse ela dando um beijo no homem.
- Muito prazer. - Eu e minha irmã falamos em conjunto.
- Onde estão...? - Perguntou minha mãe ao namorado.
- Ele está estacionando o carro, sabe como é acabou de tirar a carteira...

Quando ele tinha acabado de dizer isso, a porta do restaurante abre, um jovem casal entra, percebi que eram irmãos pelo modo que andavam distantes. Eles se dirigiram a nossa mesa. Quando finalmente pude notar o rosto dos dois quase tive um ataque do coração, e pela reação da minha irmã, ela também.

- Bem. - Disse o namorado. - Esses são meus filhos.

Houve um momento de silêncio. Ainda estava em estado de choque, era como se eu e minha irmã estivéssemos olhando através de um espelho e vendo nossos reflexos com roupas diferentes, eles eram iguais, mas quando eu digo iguais é isso mesmo que quero dizer, cópias perfeitas, a única coisa que nos diferenciava eram as roupas, até os cortes de cabelo e as entradas de calvice que eu tinha eram iguais as do rapaz a minha frente.

- M-m-muito p-pr-prazer. - Dissemos eu e meu reflexo ao mesmo tempo e com as mesmas gagueiras.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Sobre a inspiração.

Como alguém uma vez me disse..." A vida é feita de momentos", cabendo somente a nós dizer se esses foram bons ou ruins.

Vai te dizer que não teve um dia que o simples fato do Sol brilhar não te fez mais feliz, ou quando você acordou e sentiu uma inspiração repentina.
Bem, sobre esses momentos de inspiração eu comecei a pensar...
Quando nós temos uma paixão, seja essa por um esporte, por uma rotina, por uma dança... até mesmo por uma pessoa, a vida parece mais leve, mais criativa, quando nosso organismo recebe aquele tsunami de hormonios de nomes difíceis que nos deixam apaixonados, acredito que várias áreas dos nossos cérebros começam a trabalhar de uma forma diferente. Começamos a ver com outros olhos, sentir com outra vibração, até quando escrevemos algo, o que está escrito fica diferente.
A inspiração pode vir por meio de uma ação repentia que pode variar de uma lua cheia sobre um mar até uma colher de açúcar.

Existem momentos em que a inspiração falha... digo isso porque eu estou em um momento assim, eu fico querendo me inspirar, mas não vem nada... como um bloqueio.
Pensando nesse meu bloqueio descobri que até mesmo disso pode-se tirar uma inspiração.

Foi nesse momento que eu entendi uma música que escutei uma vez que dizia 'Que com um pouco de açúcar até remédio é um prazer'. Se você consegue ver aquilo que pode te inspirar, tudo fica mais prazeroso.

Por isso, inspire-se.

domingo, 12 de setembro de 2010

Night Sky's Edge.

Ele observava a orla do céu noturno,
procurava entre as estrelas,
e a lua no alto do céu,
passeava pelas constelações.

Imaginando se seu destino tinha sido traçado de fato,
ou se aquilo tudo haviam sido meras ilusões.

Ele observava a orla do céu noturno,
e fazia um pedido a lua:

- De um lado espelha o sol, com a força da luz menor.
Do outro escondes a sombra do meu temor mortal,
Astro dos romances,dos sonhos e da ilusão,
cura,em essência, minha dor,
ilumina o meu caminho,
guia-me ao meu amor.

Em meio aos seus pedidos,súplicas e juras,
algo da cena mudou,
um pequeno filete branco correu o firmamento.

Pensou então:
Dizem que se você ver uma estrela cair do céu,
um desejo você ganha.

Então, fechou os olhos e pediu com toda a força que podia juntar...

E de repente, ficou lá,
desejando,sonhando, perdido nas próprias ilusões,
apenas obsrvando a orla do céu noturno...

sábado, 11 de setembro de 2010

semtítulo.

Por entre desventuras de uma vida,
e romances mal resolvidos,
Calculou o dano,perdido,
e achou-se de si, uma saída,

Libertou-se dos velhos hábitos,
e De sua memória enlouquecida,
Adquiriu uma nova forma de ver a vida,

Viveu entre o dia e a noite,
Nas esquinas de uma ilusão,
Perdeu e achou o dito amor,
e pôs um fim na solidão,

Amou como se tinha de amar,
de forma verdadeira e delirante,
Fez da vida sua amante,
e passou logo a voar,

Ao pôr-do-sol,
deixou um bilhete em cima da mesa,
dizendo com carinho e com tristeza,
que talvez não fosse voltar.

Antes que a lua subisse ao céu,
No momento em que perdia-se a certeza,
Descobriu o que havia por trás do véu,
E deixou o Mundo com leveza.

sábado, 28 de agosto de 2010

Construção 2

Aos amigos de corpo,
Que a sua presença,
Esteja sempre comigo,
Mesmo na felicidade ou no castigo,
E me enchendo de esperança.

Aos meus amigos de sangue,
Que meu corpo,mesmo sem vida,
Seja capaz de expor o quanto se precisa pra ser irmão,
O quão forte pode ser uma ligação,
Tão profundo e quanto à alma tange.

Aos meus amigos ausentes,
Que a sua presença seja sentida,
De forma que nem a distancia possa impedir,
Que mesmo com o fato de não está ali,
As aventuras,juntas, sempre ficaram mantidas,

Aos meus amigos perdidos no tempo,
Só o resquício da lembrança,
Torna minha alma corpo em dança,
E traz-me de volta aquilo que se perdeu,

Aos meus amigos de um futuro próximo,
Ao chegarem a mim,
Mostrem o coração,
Que façam-se das almas união,
E perdure até o fim,

À minha amiga, e futura amante,
Em uma espera sem fim,
Perco-me mais e a cada instante,
Desejo-te mais de forma louca e delirante,
E fique logo junto a mim.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

O Parque

Não sei se o que eu vou dizer faz muito sentido, mas enquanto eu vasculhava a minha mente atrás de algo de produtivo pra pensar, eu me deparei com uma idéia, ou melhor, com uma comparação, uma relação entre a vida e o parque de diversões.
A vida, como as montanhas russas, é cheia de altos e baixos, tem horas que você tá lá no alto, e é tão alto que você consegue ver tudo. Com a montanha russa, aprendi a ver as diferenças, aprendi a diferenciar, a saber, que o mergulho no vazio pode te encher de alegria, isso se você arriscar. Com a Montanha Russa eu conheci a Diferença.

Elevador, nossa, tá aí um brinquedo que me dá um calafrio da porra! Ele sobe, sobe e continua subindo... Depois de atingir o limite ele te trás de volta ao chão. O elevador , com a sua digna frase ‘bota pra subir’, me ensinou a explorar o mundo, e a aprender que TUDO PASSA, tudo na vida vai passar, seja a tristeza, a ira... Até mesmo o amor, e, com o Elevador, aprendi a valorizar os momentos, pois esses podem não voltar. Com o Elevador aprendi a Guardar os bons momentos e as sensações de um passado.

Carrossel e o Espalha Brasa, caralho caramba, sabe dois brinquedos que me ensinaram muito, foram esses dois. Eles giram, e te fazem perceber que no fim, tudo há de ficar bem, você gira,gira e vai girando, vai dando voltas e voltas, você vê tudo mudar, com o Carrossel e o Espalha Brasa eu aprendi a Evoluir, a me deixar levar e aprender que o mundo tem muito a Ensinar, isso, se quem estiver rodando estiver disposto a Aprender.

Simuladores, porra, seja os de alta velocidade como o Test Track, sejam os que te levam a lugares diferentes como o Soaring e o De Volta Para o Futuro, os simuladores te levam a lugares novos, porém, no fim, você descobre que tudo aquilo foi só uma ilusão, os simuladores te mostram a Verdade da vida. Eles mostram que, às vezes, o mundo vai te enganar, mas você tem que ser esperto, ver além do óbvio.

No fim, o parque de diversões ainda me ensinou outra coisa muito importante, a vida é uma jornada que tem que ser divertida, porém alguns cuidados tem que ser tomados, mesmo que surjam crises de taquicardia, ou calafrios na barriga, a vida esta aí e deve ser vivida, mas lembrem-se de usar o cinto de segurança e deixar seus braços sempre dentro do brinquedo, se tiver muito medo, feche os olhos, tire seus óculos 3D e respire, mas aproveite a corrida, nunca se sabe se quando acabar a fila vai dar tempo de ir novamente. Aproveite ao passeio.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Conto.

Era uma noite fria, tão fria que, até a escadaria do prédio estava gelada, estava tudo tão gelado que, mesmo subindo os 15 andares de escada, meu corpo não parecia capaz de suar, o corrimão, parecia ser feito de gelo.
Eu não sei o que incomodava mais, o frio do ambiente, meu coração batendo de forma maníaca ou o embrulho do meu estômago.
Eu tive certeza quando alcancei a porta, sabia que através dela eu encontraria o que eu estava procurando, meu coração juntava a emoção do que estava por vir com o exercício para alguém fora de forma,como eu estava.
Eu alcancei a maçaneta, então, prendendo o ar dentro de meus pulmões, o único som que eu podia ouvir era o do tambor que havia tomado o lugar do meu coração... Abri a porta.
A noite estava barulhenta, os sons das ambulâncias e dos carros enfeitavam o fundo como trilha sonora, o céu estava claro, a lua parecia ter ligado um foco naquele telhado, junto ao parapeito eu pude vê-la.
O cabelo escuro estava bagunçado e tinha um contraste com o vestido vermelho que ela usava, seus olhos verdes estavam mareados, sua maquiagem toda borrada e suas bochechas, outrora brancas, estavam escarlate.
Pra quem a visse de fora, ela podia parecer uma louca, mas pra mim, eu nunca a tinha visto tão linda.
Ela virou, seus olhos se encontraram com os meus, aparentemente, meu corpo não podia produzir movimentos, eu tinha medo de que se algo se mexesse quebraria a mágica do momento. Eu estava enganado, o momento seguinte, e os que se decorreram após eram capazes de serem mais mágicos.
Caminhamos um em direção ao outro, estávamos juntos naquele abraço, podíamos sentir nossos corações, os movimentos de sístole e diástole estavam sincronizados.
- Depois de tanto tempo. – Sussurrei.
Ela apenas ficou lá, me abraçado, seus braços envolvidos em mim, eu me sentia seguro, e mesmo com a temperatura fria, eu me sentia aquecido, como se o simples fato de estarmos juntos podia transformar aquela noite de inverno em uma noite quente de verão.
- Eu senti sua falta. – Ela disse, finalmente saindo do estado de transe, sua voz era doce, porém percebia-se uma tristeza. – Aconteceu tudo tão rápido...
- Shhh! – Eu a interrompi. – Você não precisa me falar, teremos tempo para isso mais tarde.
- Eu senti saudades dessa sua capacidade de me compreender melhor do que eu mesma.
Eu e ela caminhamos até uma parede próxima e sentamos no chão.
- Aqui. – Disse eu, tirando uma pequena caixa do bolso interno do meu casaco.
Ela abriu devagar e de um modo suave.
Ao desembrulhar, tirou a pequena rosa de dentro.
- A rosa. – Disse ela me olhando de modo profundo, mas, ao mesmo tempo, revigorada, como se aquela pequena rosa fosse um bálsamo para a alma dela.
- Tem mais. – Eu disse, indicando algo que ainda estava dentro da caixinha.
- O meu colar. – Disse ela de forma lenta e surpresa.
Um arrepio cobriu minha pele, talvez fosse uma faísca, uma faísca de uma antiga chama que voltava a ascender.
- Eu só queria... – Comecei a falar, mas fui interrompido.
- Teremos tempo mais tarde... – Disse ela, colocando em seus lábios um singelo sorrido e depois, a única coisa que tive certeza foi de sentir o gosto adocicado dela em minha boca.
Ao longe, os primeiros raios de sol quebravam o escuro daquela noite.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Construção 1

Ao meu amor,
Agora distante,

Uma carta escrevo sem o desejo de que leias,
Por entre linhas e pensamentos,
Entre a minha loucura e os tormentos,
No meu tudo quase nada,

Ao meu amor,
Um vez contente,

Quero ver-te novamente,
Deitar minha cabeça sob a tua,
Beijar-te loucamente,
E ver-te dormir sob o brilho da lua,

Ao meu amor,
À media luz,

De forma doce, porém selvagem,
Sentirei o atrito entre nós,
E o alegre brilho da tua voz,
Transforma-se em miragem,

Ao meu amor,
Que agora partiu

Deixou em minha a sua ausência,
Furtou-me a Alma e a Vontade,
E agora peço clemência,
E fico só com a Saudade,

Ao meu amor,
De todo instante,

Que cure logo minha ferida,
E diga-me como amante,
Na fantasia que é esta vida,
Eternamente,minha.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Conto 3.

Era uma tarde de verão, a menina corria alegremente entre os brinquedos do parquinho, sua mãe estava sentada em baixo de uma árvore frondosa, em cima de uma toalha vermelha com detalhes quadriculados, uma cesta de coisas gostosas também era vista ali.

Um menino magro,alto, de cabelos castanho claros estava sentado em um canto do parquinho, ele tinha a cara triste. A menina se aproximou dele.
- Oi, você está bem? - Disse a menina encarando o garoto, os olhos cor de mel dela retratavam uma preocupação.
- Estou. - Disse o menino de forma fria, comos e quisesse que ela fosse embora.
- Você não quer ir brincar? - perguntou a menina.
O menino apenas levantou a cabeça e a encarou, os olhos cinza-chumbo encontraram os olhos mel-vivos da menina, depois desviaram para o pequeno pingente que ela usava.
- Esse colar é muito bonito. - Disse ele.
- Obrigada.- Disse a menina corando, suas bochechas estavam ficando tão vermelhas que, se as rosas do parque pareciam pálidas se comparadas.- Eu ganhei quando nasci, meus pais me disseram que foi deixado na porta da minha casa. - Disse ela sorrindo, um sorriso tão doce que podia-se encher um pote de mel.
-Filha! - Uma voz gritou ao longe.
- Minha mãe está chamando pra lanchar, não quer ir? Você vai adorar os bolinhos da mamãe, são delicioso...Vamos, você tem cara de que está com fome. - Disse a garota puxando o braço do menino.

Os dois caminharam em direção à árvore, a mãe tinha preparado o prato da filha e, ao ver o menino, começou a preparar outro.

- Mãe, esse aqui é o meu amigo. - Disse a menina sentando-se ao lado da mãe, e prendendo os cabelos cor-de-avelã com uma fita verde.
- Olá. - A mãe disse sorrindo. - Você quer um bolinho? E que tal uns biscoitos?
- E-eu....- O menino saiu correndo colina abaixo, seu coração palpitava, ele correu em direção ao pequeno bosque.
-Espere, volte aqui! - Gritou a menina que saiu correndo em direção a ele.

Ao atravessar o pequeno bosque, a menina apenas vira dois homens altos, com os cabelos da mesma cor dos cabelos do menino.

- Perdão, viram um menino passar por aqui? - perguntou a menina.
- Vimos sim. - Respondeu um deles. - Ele correu pra bem longe.
- Menina, volte para sua mãe, sim. - Disse o outro.

Ao ver que a menina já estava longe o suficiente, um dos homens baixou os óculos escuros, revelando olhos cinzas como a lua cheia.

- Você viu? Ela tinha um colar, era prata celestial, pude sentir a pureza que exalava dela.
- Ela é protegida por algo que não podemos desafiar, pelo menos, não ainda. - Disse o segundo homem. - Aquele idiota, como pode proteger essa criança, o que ela tem de especial?
- Não sei ao certo, mas na hora devida iremos saber, ele teve suas razões.

Os dois homens caminharam em direção a uma parte sombria da floresta e desapareceram.
Ao ver que os dois sumiram, de tras de um arbusto, saiu o menino que transformou-se em um homem.

- Aqueles idiotas, ainda bem que a prata celestial conseguiu cobrir a essência angelical da garota... eu devo ser mais cuidadoso, não posso deixar que ela caia em mãos erradas. - Ao dizer isso desapareceu em um borrão de luz negra.

Trancado.

É estranho como as coisas acontecem,mas, mais estranho ainda, é como as coisas deixam de acontecer, uma chamada de um nome em minutos antes, uma aceleração que não foi tão bem acelerada e ,até mesmo, um amor, que não aconteceu porque uma das partes estava sempre atrás do seu escudo.
Numa tarde de domingo, enquanto todas as pessoas estavam distraídas com uma partida de futebol, eu estava em meu quarto, embora estivesse realmente quente e meu quarto fosse realmente abafado, eu estava de calças jeans, estava lendo um livro que comprei ontem. De repente, me veio a cabeça um pensamento sobre as vezes em que eu me sentia preso, como se o mundo me obrigasse a ficar trancado no meu quarto porque nao posso fazer parte dele, visto que não tenho as características necessárias para fazer parte da sociedade.
Eu estava pensando no quanto eu me sentia preso como numa jaula. E comecei a ver que eu estava preso a UM dos tipos de gaiola que existem.

A gaiola escudo- minha jaula preferida, protege quem está dentro de tudo que está lá fora, literalmente tudo, protege das violencias, dos medos, dos gritos, das tristezas, das alegrias, dos dias de sol, essa gaiola é tão forte que até mesmo do amor ela consegue proteger...talvez eu tenha me expressado mal, do amor,talvez ela não proteja, mas ela consegue proteger do que eu chamo de faísca...aquilo que você sente quando o amor chega....Aqueles que utilizam a gaiola escudo normalmente querem evitar o mundo por medo do que lhes possa acontecer.

A gaiola espada- Essa gaiola é peculiar, diferente da de cima, essa jaula não prende seu prisioneiro, ela apenas o cobre, uma camada ilusória...essa gaiola é aquela que serve de pele de leão pra proteger o cordeiro.

Devemos ter cuidado com as gaiolas as quais nos prendemos, as vezes, quando mantemos uma posição muito defensiva acabamos que nos sentimos presos no fim do jogo, quando nos damos conta já estamos cercados e o nosso Rei já está pronto pra sofrer um Xeque-Mate.

Procurar sempre o equilíbrio entre o ataque e a defesa, entre prender-se e soltar-se, não se solte ao mundo, você pode se perder, não se prenda na sua bolha, você pode sufocar. Seja seletivo com quem deixar entrar na sua gaiola, ouvi dizer que assassino mais brutal é aquele que já conhece a cena do crime.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Outro conto.

A tarde era tranquila, um pai e uma mãe estavam com os rostos cansados, como se tivesse passado a noite em claro. Porém, por trás do cansaso, podia-se ver um brilho, como se algo os revigora-se e enchesse de jubilo. Os dois estavam ali, naquele quartinho cor-de-rosa iluminado pelo pôr do sol, e dentro daquele berço, por tras do dossel, uma pequena menininha estava deitada, como um anjo.
Ela não devia ter mais de 40 centímetros, os poucos fios cor de avelã combinavam de uma forma agradável com seus olhos cor de mel, que encaravam os pais de uma forma como se esperasse uma reação.
Do lado de fora da casa, quando o último raio de sol se apagou, dois homens vestidos em sobretudos pretos,mesmo que estivesse quente demais para se usar um sobretudo, podiam ser vistos.

-Você sabe que não deveria estar aqui. - Disse um deles que estava usando óculos escuros.
-Eu sei. - Respondeu o outro apenas encarando a janela do quarto da menina.
-Logo nossos chefes vão notar a sua ausência, sabe como ficam esses humanos se não aparecemos na hora certa...
-Só mais alguns minutos...
-Você tem que parar de ficar visitando essa casa, não está na hora de ninguém que mora aqui.

O segundo homem ficou calado, apenas continuava a observar.
-O sorriso dela, o modo como os olhos, a boca e as bochechas se combinam em uma forma melodiosa e doce...tão doce que faria uma colherada de açúcar ter um gosto amargo. Acho que a Criação estava inspirada naquele dia...- Disse o homem sem tirar os olhos da casa.
-Vamos,recomponha-se, ela só mais uma humana...
O homem continuou olhando a casa, por trás de seus óculos escuros, podia-se ver o brilho de seus olhos cinza-prateado. O som de uma buzina ao longe o despertou do momento nostálgico.
-Está bem, vamos embora. - Disse finalmente. - Mas antes...- E tirou do bolso um pequeno embrulho vermelho e deixou ao pé da porta.

Os dois homens saíram em direção ao final da rua e, quando já não podiam mais ser vistos desapareceram com uma rajada de vento, como se fossem feitos de poeira.

Anexado ao pequeno embrulho um cartão:

Cuidem bem dela,
Vocês não sabem a sorte que é ter um anjo como filha.
Passar bem,
.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Sobre a saudade

Ahh, a saudade, como pode um sentimento ser tão bom e tão ruim ao mesmo tempo? A sensação doce e amarga da saudade. O aperto, às vezes, sufocante, tão forte que impede a oxigenação do cérebro e nos faz perder a noção.
Sobre os tipos de saudade...Existem, para mim, dois tipos de saudade, a saudade curável e a incurável...por ironia do destino, a saudade curável é a dita suadade daquilo que já morreu, onde o remédio chama-se conformação, conforme-se de que o seu amor deixou de viver, conforme-se que seu pai,sua avó se foi...essa saudade, com o tempo, passa. Agora, a mais cruel de todas as saudades é a saudade dos vivos, afinal, pra que essa saudade exista, faz-se necessário um sentimento, o sentimento da impotência...e isso maximiza a força da saudade de tal forma que, nem mesmo Hércules conseguiria deter... Ter saudade daquilo que está ali, mas que não se pode ter, ter saudade da pessoa que você ama, e ela está longe. Essa saudade é cruel.
Porém, há uma saída pra isso, pra que ela nao aperte TANTO.
Chama-se Desapego, apegar-se às coisas é um mal muito grande, piora ainda quando estamos falando dessa doença chamada Saudade.
Agora, sejamos sinceros, que às vezes é difícil desapegar de algo, ahh, isso é, nunca disse que fazer com que a saudade se torne mais fraca era algo fácil, mas se conseguirmos vencer o apego...já é meio caminho andado...alguém aí conhece um bom rehab pra isso?

sábado, 5 de junho de 2010

Vibração Sombria II

Na sombra da hora,
Por entre os reflexos do tempo,
O brilho eterno de outrora,
É entregue a outrem, em dado momento,

Os sussurros de uma lembrança,
No tormento dos segundos,
Conflitua-se com os mundos,
E perdem-se em sua dança,

Em seu negro aproxima-se,
Silenciosa e cheia de graça,
Seu desejo final não disfarça,
Da hora de uma vida mal vivida,

A lançada a propria sorte,
Nas esquinas do tempo e da alma,
Perde-se a vida com calma,
E pressente a vibração sombria da morte.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Vibração Sombria

Do feixe de luz proveniente do abajur,em cima da escrivaninha, podia-se ler em um pedaço de folha de caderno:

A cada segundo ela se aproxima,
Doce e gentil como sempre,
Completa-me,enche-me de rima,
Alivia-me, deixa-me contente,

Perdido em seu olhar de completa ilusão,
Revela-se a mim, por entre o capuz negro,
Guia-me pelo tempo e pelo espaço,
Envolve-me no sincero abraço,
Guarda com ela meu segredo,
Sinto a tua sombria vibração,

Na ultima madrugada,
Entre a Lua Cheia e o Amanhecer,
A grande dor silenciada,
O alivio, o sem peso e o prazer,

No fim,
Ela me vista em minha cama,
Beija-me a testa,como quem ama,
E entra dentro de mim.

A luz do abajur, se com um pouco a visão for forçada, por entre a penumbra da grande noite, vê-se sobre as cobertas, o corpo daquele que amou e por fim partiu.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

E o relógio bateu meia-noite.

Todos nós sabemos dessas histórias,dos contos de fada. A função desses contos é nos inspirar, fazer com que acreditemos em nossos sonhos, que vejamos que por trás de uma superfície grotesca, pode se esconder o verdadeiro amor. Essas histórias que a tanto tempo fazem gerações crescerem, mas chega uma determinada época(leia-se fase adulta), onde nós descobrimos que esses sonhos, esses amores e toda a mágica que essas histórias nos trouxeram, não passam de uma mágica que acaba quando o relógio bate as doze.
Todos os sonhos, as crenças, os desejos, tudo aquilo que nos alimentou durante a infância, tudo isso perdeu o encanto, tudo isso graças ao mundo e sua cruel realidade.
A realidade nos dá um choque, ela tira nossas cabeças/corações das núvens e nos faz cair em queda livre num mundo onde o 'felizes para sempre' tem um tempo determinado.
A realidade pode ter o aspecto de nos fazer mais práticos, porém, até que ponto essa praticidade não vai passar de apenas um agrado ao lado físico do ser humano?
E como fica a alma? Onde vai ficar o alimento? Aquilo que nos fazia ACREDITAR que as coisas eram mesmo possíveis?
O relógio bateu meia-noite, o lobo(realidade) está soprando a nossa porta, quer um conselho? Corra pra sua casa de tijolos e vá sonhar,durma até ter um sonho,nem que tenha que ter um sono de cem anos, mas sonhe, e,depois, mostre pra realidade que seus sonhos podem fazer parte dela, basta acreditar.
E quando a fé nesse sonho parecer vacilar, lembre-se tudo é possível com fé, confiança e um pouco de bibidi-bobidi-boo.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Entre o Passo e o Espaço.

No horizonte, distante e intocável,
numa liberdade insana,
o verdadeiro amor de quem se ama,
na eterna constancia do mutável,

As flores do jardim,
Na tarde dourada,
Na viva-morte dentro de mim,
No por do sol, e na noite calada,

A ti, grande amor,
desejo apenas poder lhe falar,
o quanto meu coração sofre em dor,

E na falta de quem amar,
Um passado assim distante,
Do torvelinho da memória,
Ilusão tão delrante,
e finalmente o amor em glória.

Entre o passo e o espaço,
minhas frases se prenderam a ti,
Unidas como num laço,
num eterno amor sem fim.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Ponto de Equilíbrio.

Nossa, essa semana tá sendo muito agitada, mil provas, audições, textos,falas, pensadores, coreograias...uma confusão só.
Agora, ta fazendo um friozinho aqui no meu quarto, acabei de escrever meu currículo, e to esperando o sono chegar, amanhã terão duas provas TENSAS, mas pra relaxar...

Na montanha-russa da vida, passamos por altos e baixos, sobre esse tipo de bipolaridade à qual estamos submetidos durante toda nossa existência, comecei a pensar...
Um dia pode começar de forma caótica, parece que quando o Sol nasceu, com ele, veio a sensação de que hoje vai ser um dia daqueles, eu passei por isso várias e várias vezes, e começa realmente assim...Porém, parte de mim crê que pode melhorar, que essa sensação de fim-do-mundo pode passar e ser substituída por uma sensação de alegria, quando isso acontece, eu sempre procuro algumas saídas, umas dessas saídas são os meus amigos(vide texto abaixo).
Outra saída são as paixões e os amores...Primeiro, vamos ressaltar a diferença entre Paixão e Amor....

A Paixão é dinâmica, no sentido de que ela é o ponto de partida de qualquer coisa, seja paixão por escrever,ler,dançar ou, até mesmo, por alguém...a paixão é aquela força que ninguém sabe de onde vem, nem como chega, mas quando ela chega, não tem corrente,aperto,camisa-de-força,que detenha, a Paixão é o começo, aqui vai o primeiro conselho, apaixone-se sempre, todos os dias, seja por algo novo como pela sua nova playlist,seja por aquela pessoa nova, ou seja por algo velho, como, no meu caso, pela sua rotina. Todos os dias eu me apaixono pela minha rotina, sou tão apaixonado por ela que essa paixão já se tornou Amor.
O Amor, diferentemente da paixão, tem caráter estático, isto é, é ele quem dá EQUILÍBRIO à paixão, a Paixão te MOVE, o Amor te EQUILIBRA, o Amor é aquele que aceita as dificuldades e as transforma, com seus óculos cor-de-rosa, em felicidade.
Quando, em dois seres, ocorre a fusão destas duas emoções, surge ai, um Romance.
Muitos livros,novelas,seriados,filmes,etc tem como base Romances já existentes, porém quando ocorre um desequilíbrio, exemplo quando a Paixão perde sua força, e o Amor já não consegue sustentar...
O segredo é saber medir,porém, reascender paixões pode ser algo perigoso,melhor, pode ser algo PERIGOSÍSSIMO, nunca se sabe quais as feridas que ainda não cicatrizaram de forma completa, ou quais segredos não foram tão bem guardados...
Ame, mas apaixone-se. Apaixone-se, mas ame.
Não deixar que nenhum sobreponha-se ao outro, não deixar desequilibrar.
Na corda bamba das emoções, é melhor ter cuidado, nem sempre terá uma rede de proteção pra ti salvar, e como dizem, quanto mais alto, maior a queda.
Não se desequilibrem.

sábado, 22 de maio de 2010

sexta-feira, 21 de maio de 2010

existência.

Existir, segundo o diciónário, existir significa ter existência,realidade. Mas, em que consiste essa existência? E mesmo sendo uma palavra sinônima, será que existir tem o mesmo sentido de viver?
Durante, as ultimas madrugadas, andei me questionando sobre isso.
Um famoso filósofo,chamado Descartes(pronuncia Dé-cartes), uma vez disse: Cogito,ergo sum. Pros poucos versados em latim, isso quer dizer 'Penso,logo existo'. Sei que muita gente, incluindo minha própria mãe, discorda de mim no seguinte aspecto, eu acho que o que faz com que o homem seja realmente homem não é a capacidade que ele tem de pensar.
Pensar é um ato extremamente bruto, pensar, embora faça-se necessária a existencia da lógica, é algo complexo, não tiro deste seu mérito(se você chamar complexidade de mérito), mas, pra mim, pensar é algo tão sem profundidade, tão sem vontade...o pensamento é frio ( EU DISSE PRA MIM).
A frieza da lógica é algo que muito me incomoda, não levar em conta as questões empáticas, os sentimentos e as próprias emoções é algo que muito me incomoda.
Como certa música racional uma vez disse 'É isso que você consegue quando deixar seu coração ganhar', mas ai ocorre um desmérito das emoções, afinal, se não deixássemos nossos corações ganharem nas constantes guerras dele com o cérebro, será que nós faríamos as incríveis amizades que encontramos nessa vida, ou será que encontraríamos aquele alguém especial?
Ao contrário de Descartes, eu não acho que aquilo que cause a existência do homem seja o pensamento, mas sim a emoção. De que adiantaria pensar em fazer algo, se não fossemos tomados pela emoção da vontade, aquilo que põe em prática o pensamento?
A frase desse filósofo não está errada, apenas, incompleta.
Abandonemos o Penso,logo existo, adotemos o Penso e SINTO, logo existo.
Pense assim, de que adiantaria você ter todas as idéias se você não tivesse a emoção da vontade pra colocá-las em prática?
Desculpem-me os racionais de plantão, mas o coração, de vez em quando, também fala, e se você for racional o bastante, você irá escutá-los. :)

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Um conto.

Era uma noite quente e estrelada, do lado de fora da casa, a menina olhava o velho album, as fotografias já amareladas pelo tempo. O cheiro de grama, a canção dos grilos ao longe, tudo a fazia lembrar dos rostos nas fotos. O Pai, a mãe, o irmãozinho...
Ela estava sentada debaixo da velha árvore, a mesma que ela plantou no dia do nascimento de seu irmão.
O calor da noite envolvia seu corpo de uma forma suave, de modo que o suor que exalava misturava-se com o perfume, criando, assim, um aroma com um toque venenoso.
Perdida entre as memórias de seu passado, algo, de repente, a fez sair de sua viagem pelo torvelinho da memória e voltar ao lugar onde estava.
Um homem a olhava, pela penumbra da lua, ela só conseguia ver o reflexo das estrelas naquele olhar azulado.
- Você veio. - disse a moça sem tirar seus olhos do álbum.
O rapaz não falou nada, apenas deslizou para o lado da moça, sentando-se ao lado da mesma e começou a admirar as fotos.
- Esse foi o aniversário de casamento dos meus pais. - disse a moça parando em uma das fotos. - Foi o dia mais lindo da vida deles. Estavam felizes, sorriam, nunca os vira daquela forma, pareciam que o casamento deles acabara de acontecer.
O homem continuou em seu silêncio, apenas olhando as fotos, seu braço deslizou suavemente por trás da cabeça da moça, pousando no ombro oposto. Quem por ali passasse pensaria que eram um casal apaixonado.
- Nesse dia, meu irmão me deu um presente lindo, foi o dia em que ele me deu esse pingente.- disse a menina tirando a pequena letra de brilhante e mostrando ao rapaz.
O rapaz continuou em seu silêncio, apenas observando os detalhes do rosto da menina. Os olhos cor de mel dela estavam fixos no álbum, as sobrancelhas em seu desenho perfeito estavam baixas, como se uma memória ruim tivesse resolvido aparecer na mente da moça.
- Esse dia... - começou a menina.
- Não precisa dizer que dia foi esse. - Manifestou-se o rapaz. - Me lembro bem do que aconteceu. - disse ele em sua voz suave.
- Por que tão cedo...
- Não somos nós que escolhemos nossa hora, mas a nossa hora que nos escolhe. - pela primeira vez o olhar dos dois havia se cruzado, o mel e o azul foram tão intensos que um leve arrepio subiu pela espinha da moça.
- Só queria poder revê-los.
- Sua hora ainda não chegou. - disse o rapaz encostando seus cabelos desarrumados no rosto da menina.
Ela se aconchegou no peito do rapaz.
- Eu sinto a falta deles.
- A morte sabe o que faz. - com isso ele se levantou, beijou a testa da moça. - Um dia você os reverá, e nesse dia, também ficaremos juntos.
- Você promete?
- Dou minha palavra de honra.
O menino deu de costas para ela,tomou impulso no chão e flutuou em direção à lua.
A menina continuou ali sentada, observando a última foto do álbum, seu pai, sua mãe, seu irmão, ela e um outro rapaz, seu eterno amante, o anjo da morte.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

l'amitié...

Meu dia hoje foi um dos famosos dias em que você poderia ter evitado tudo se não tivesse levantado da sua cama e tivesse tirado um dia de folga, mas como nós nunca sabemos o que a vida nos reserva, seja isso bom ou ruim, devemos fazer como fazemos sempre. Hoje, eu descobri uma coisa que eu já sabia...Na verdade, eu não descobri, eu apenas consegui lembrar...
Durante nosso tempo de vida aqui na Terra, nós, por influência da sociedade, somos obrigados a nos relacionar...mesmo o mais misantropo de todos os homens tem que ter relações. É nesse fato que mora uma das grandes bençãos e maldições do mundo.
Enquanto vivermos, encontraremos pessoas que nos colocarão pra baixo, que nos dirão o que devemos fazer, que vão falar mal de nós pelas costas, esses são os famosos FILHOS DAS PUTAS. Mas como para cada doce existe o sal, a vida nos presenteou com um pequeno grupo de pessoas, um grupo que por todos os altos,baixos e loopings da montanha russa da vida estarão conosco, um grupo que nos faz lembrar que para que se possa dar o salto e ,assim, conseguir voar, primeiro, é necessário pegar impulso com os pés firmes no chão, esse grupo,meus caros leitores eu os apelido carinhosamente de amigos.
O ser humano é dotado de uma profunda carga de sentimentos, o fenômeno da amizade é sustentado por vários desses, porém, resolvi puxar da incrível gama de emoções apenas um para estudar, um sentimento que, para mim, é o que torna a amizade tão forte, o sentimento do CUIDADO.
Cuidado, uma palavra simples, mas extremamente complexa. Amigos são aqueles que cuidam de você, mesmo quando até você aparentemente desistiu de se cuidar.
Amigos são o maior bem que uma pessoa pode ter, porque eles cuidam de você, cuidam de uma forma diferente, diferente dos pais e da família, os amigos são aqueles irmãozinhos que a vida permitiu que você escolhesse. Amigos são aqueles que, mesmo quando a barra parece pesada, vão lá e empurram com você. A amizade é uma das poucas coisas que a força do tempo não consegue enfraquecer, pois, mesmo quando os amigos estão longe, seja essa distancia física ou emocional, quando a situação fica aparentemente sem saídas, um sinal é enviado aos amigos e eles sabem que é hora de chegar perto. A amizade é o bem mais precioso que eu acho. Aos meu amigos eu dedico essa postagem, a todos que são capazes de me ouvir reclamar, de serem meus ombros na hora que eu preciso de um apoio, a serem os meus grilos falantes nas horas que eu preciso de uma palavra de calma...aos meus amigos, obrigado por vocês existirem, eu sei que com o decorrer da vida muitas mudanças acontecem, amizades antigas podem até enfraquecer, mas sumir, nunca.
Aqueles que tocam nossos corações pela amizade não saem com facilidade,na verdade, não saem ficam lá e é por isso que eu digo: Uma vez Amigo,sempre Amigo.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Uni-duni-tê

'Escolhas'
Como uma palavra tão simples pode ter um significado tão complexo e, pra muitas pessoas (leia-se eu), aterrorizante.
Desde pequenos somos treinados a escolher, escolhemos os brinquedos que gostamos, os livros que leremos, as roupas que vamos usar e por ai vai...Quando nos tornamos adolescentes, escolhemos com quem vamos dar nosso primeiro beijo, com quais amigos iremos andar,qual o futuro que teremos ao ingressar numa faculdade...A vida é feita dessas escolhas, e não importanto qual seja, ela terá consequências. Sobre essas consequências, comecei a pensar...
Se por um passo em falso ou, como minha mãe aprendeu a dizer recentemente, um risco que não seja calculado, nós talvez paguemos um preço caro.
Eu sou o tipo de pessoa que demoro pra escolher, demoro MESMO, porque, infelizmente, a sociedade assim me ensinou.
Hoje a maioria das escolhas( eu disse a MAIORIA) é feita por base do uso da razão, e é nesse aspecto que eu me prendo. A razão é o que difere os homens dos outros seres, mas até que ponto a razão é pra ser considerada um presente?
As emoções,onde foram parar?
Escolher pela emoção é visto pela sociedade como 'errado', não se deve escolher só porque assim se quer...Mas esse pensamento não vai de encontra com o Amor a Primeira Vista?
Afinal, existe sensação mais prazerosa do que aquela em que você uma pessoa, pode ser pela primeira vez, ou não, mas você a vê e seu coração se prende por um tempo a mais em sístole? Quando você não sabe o que é, mas SENTE o que é.
As decisões que são tomadas pelo coração tem grande chance de não serem, em sua maioria, práticas no mundo real, mas, de vez em quando, alguma estrela lá no céu pode consipirar a seu favor...Deixe o coração escolher,descanse um pouco essa razão sempre tão tensa...Na dúvida,se tiver medo de deixar o coração escolher e de descansar a razão, fica a dica...Uni-duni-tê...

domingo, 16 de maio de 2010

Tarde de Domingo

Esparramado pelo sofá da sala,
O calor e o abafado de forma constante,
A preguiça pesada na alma,
E o tempo passante,

O latido dos cães a distancia,
O telefone parado,ao lado,
As fotos de um passado e da infancia,
A vida de um amor bem mal amado,

Um amor sozinho e estranho,
Que na face de seu encanto, desencantou,

Às três horas o tempo para,
De modo traidor ao seu normal,
O Coração ferido sara,
E a tortura começa desigual,

Às seis horas, o relogio vem anunciar,
O termino do dia e da semana,
E o povo pensa em recomeçar,
A Vida, A morte e a esperança,
De mais uma semana e mais um dia.



esse não ficou tão bom quanto eu gostaria, eu tenho um melhor, em algum lugar,sobre a tarde de domingo, vou procurá-lo e tentar colocá-lo ainda hoje... Boa semana e bom final de tarde a todos.

sábado, 15 de maio de 2010

a carta,

Amor,
Grande amor meu,
Sua ausência se faz presente,
E meu coração com isso sofre,
Se pudesses,tu, sentir o que ele sente...
Como vai nosso cachorrinho?
Melhorou daquele problema?
E sua irmã,como está?
Sinto falta do teu abraço,
Há um excesso dew espaço,
Volte logo, amor meu,
Noite passada,
Lembrei me de ti,
A lua branca e redonda lá no céu,
E as estrelas que cintilavam,
Do jeito que estavam quando eu ti vi,
Amor meu,
Volte logo,
Pois não aguento de saudade,
Amor meu,
Preencha esse vazio,
Que em mim ficou,
E traga de volta,também,
Meu coração que você levou.

A saudade aperta intensamente a cada instante,
Beijos,toques,sensações...delirantes,

Amor Teu.

Na Madrugada I

O silêncio da rua,
As luzes apagadas,
A falta de pudor da doce Lua,
E o grito de prazer das amadas,

Na madrugada habitam os sonhos,
Aqueles que vieram da infância,
E que no presente, despertam a ansia,
E do futuro, a inconstancia,

Entre o Crepúsculo e a Aurora,
Durante a silenciosa Madrugada,
A ti, o meu amor de outrora,
Desejo novamente ter como amada,

Ouve o Lamento desse pobre coração,
Banhado de lágrima e de Saudade,
Aperta-me de novo a mão,
Mesmo que seja só de má vontade,

Volta para mim doce passado,
Deixa-me perder no teu olhar distante,
Para sempre na ilusão tão delirante,
Da única vez que me senti amado.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Morango, fora doce como morango, ou teria sido amora? Não lembrava ao certo o sabor, lembrava-se da textura, do movimento, da sensação de borboletas querendo devorar seu estômago, mas o sabor lhe faltava. E só o fato de lembrar essa história, a boca ficava trêmula e a língua começava a dançar desajeitada por entre os dentes.

Era dia 31 de dezembro, todos estavam comemorando no hotel que ficava a beira-mar. Ele havia fugido daquela bagunça, escondendo-se em uma das mesinhas vazias perto da piscina.

Não gostava daquele alvoroço, pessoas gritando e bebendo, achava tudo àquilo insuportável.

De tão distraído que estava, não reparou na menina sentada na borda da piscina com os pés dentro d’água, ela o encarava.

Num surto de atitude, algo que sempre lhe faltara, ele gesticulou para a menina, indicando a cadeira ao seu lado.

Um rubor preencheu as maçãs do rosto da menina. Ela levantou, calçou as sandálias, mesmo com os pés molhados e andou até a mesa, sentando-se na cadeira próxima à do menino.

- Como é o seu nome? – perguntou o menino sorrindo de leve.

- Jolie. – respondeu a menina, enrolando o dedo nos cabelos castanhos. – e o seu?

- Marco. – disse, encarando os dois jades que eram seus olhos. – Linda

- Que foi que disse? – ela olhou espantada.

- Seu nome, vem do francês, significa linda.

- Ah.

- Ma-mas você é. – falou corando.

- Obrigada. – Sorriu.

A mão dela sentiu um leve carinho vindo da mão dele, que pousara, gentilmente, em cima da sua.

- Quer beber alguma coisa? – perguntou ele dando um sorriso torto.

- Adoraria. – assentiu ela.

Ele correu para o bar, próximo da piscina, lá pegou duas latinhas de refrigerante e correu de volta para a mesa.

- Aqui! – disse entregando na mão dela.

Ela pegou a lata e sorriu.

- O que é isso que você está fazendo com o anel da latinha?

- É uma brincadeira que minha mãe me ensinou, você mexe o anel para trás e para frente, na letra que parar é a inicial da pessoa que te ama de verdade.

- Legal, vou tentar.

Os dois arrancaram os anéis em ordem dessincronizada, primeiro ele e três movimentos depois, ela.

Ele cogitou perguntar que letra tinha dado, mas acho melhor não.

- Vem cá! – disse ela, levantando-se da cadeira e puxando-o até a borda da piscina.

O toque da mão dela na dele o fizera sentir um delicioso arrepio.

Ela sentou e colocou os pés na água, em seguida ele fez o mesmo.

- Que noite mais linda! – exclamou a menina, olhando para o céu estrelado.

- Não tão linda quanto você. – ele deixou escapar, com isso, seu rosto ficou mais vermelho.

Ela corou de leve, sua mão tateou até a dele. Eles se entreolharam.

Ele aproximou seu rosto até poder enxergar as sardas do rosto dela, o som de fogos de artifício explodindo ao fundo.

press start.

Há vezes em que surge dentro de você uma vontade, e essa é tão forte que, mesmo que seja ignorada por algum tempo, ela fica ali, dentro da sua cabeça, cutucando, martelando e tentando conseguir encontrar a parte do cérebro responsável pelas ações. Bem, foi mais ou menos assim que aconteceu, e então, aqui estou eu, criando meu blog.
Com o começo desse blog, eu comecei a pensar sobre os começos. Sim, os começos...Durante a nossa vida, passamos por uma série de começos, cada começo é tem sua singularidade.
Todo começo tem aquela sensação de coisa NOVA, como o primeiro dia numa escola, onde as borboletas do seu estômago parece que não foram alimentas e você fica totalmente nervoso, ressalva que o mesmo ocorre quando você sai da escola e vai pra faculdade, ou como no primeiro beijo, quando você começa a ver que duas almas podem compartilhar o mesmo corpo.
Como disse certo filme que assisti, Comecemos pelo começo, vamos para o meio e por fim, cheguemos ao final.
Acho que depois desse pequeno prólogo eu posso me apresentar...bem, meu nome é Mário, eu tô no primeiro semestre do curso de Direito eu faço Hip Hop e sim, eu gosto de escrever...Aqui e ali eu escrevo um conto, um poema ou alguma coisa do gênero...
Sem mais delongas, meu primeiro Conto a ser postado fala sobre um começo...