segunda-feira, 31 de maio de 2010

Vibração Sombria

Do feixe de luz proveniente do abajur,em cima da escrivaninha, podia-se ler em um pedaço de folha de caderno:

A cada segundo ela se aproxima,
Doce e gentil como sempre,
Completa-me,enche-me de rima,
Alivia-me, deixa-me contente,

Perdido em seu olhar de completa ilusão,
Revela-se a mim, por entre o capuz negro,
Guia-me pelo tempo e pelo espaço,
Envolve-me no sincero abraço,
Guarda com ela meu segredo,
Sinto a tua sombria vibração,

Na ultima madrugada,
Entre a Lua Cheia e o Amanhecer,
A grande dor silenciada,
O alivio, o sem peso e o prazer,

No fim,
Ela me vista em minha cama,
Beija-me a testa,como quem ama,
E entra dentro de mim.

A luz do abajur, se com um pouco a visão for forçada, por entre a penumbra da grande noite, vê-se sobre as cobertas, o corpo daquele que amou e por fim partiu.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

E o relógio bateu meia-noite.

Todos nós sabemos dessas histórias,dos contos de fada. A função desses contos é nos inspirar, fazer com que acreditemos em nossos sonhos, que vejamos que por trás de uma superfície grotesca, pode se esconder o verdadeiro amor. Essas histórias que a tanto tempo fazem gerações crescerem, mas chega uma determinada época(leia-se fase adulta), onde nós descobrimos que esses sonhos, esses amores e toda a mágica que essas histórias nos trouxeram, não passam de uma mágica que acaba quando o relógio bate as doze.
Todos os sonhos, as crenças, os desejos, tudo aquilo que nos alimentou durante a infância, tudo isso perdeu o encanto, tudo isso graças ao mundo e sua cruel realidade.
A realidade nos dá um choque, ela tira nossas cabeças/corações das núvens e nos faz cair em queda livre num mundo onde o 'felizes para sempre' tem um tempo determinado.
A realidade pode ter o aspecto de nos fazer mais práticos, porém, até que ponto essa praticidade não vai passar de apenas um agrado ao lado físico do ser humano?
E como fica a alma? Onde vai ficar o alimento? Aquilo que nos fazia ACREDITAR que as coisas eram mesmo possíveis?
O relógio bateu meia-noite, o lobo(realidade) está soprando a nossa porta, quer um conselho? Corra pra sua casa de tijolos e vá sonhar,durma até ter um sonho,nem que tenha que ter um sono de cem anos, mas sonhe, e,depois, mostre pra realidade que seus sonhos podem fazer parte dela, basta acreditar.
E quando a fé nesse sonho parecer vacilar, lembre-se tudo é possível com fé, confiança e um pouco de bibidi-bobidi-boo.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Entre o Passo e o Espaço.

No horizonte, distante e intocável,
numa liberdade insana,
o verdadeiro amor de quem se ama,
na eterna constancia do mutável,

As flores do jardim,
Na tarde dourada,
Na viva-morte dentro de mim,
No por do sol, e na noite calada,

A ti, grande amor,
desejo apenas poder lhe falar,
o quanto meu coração sofre em dor,

E na falta de quem amar,
Um passado assim distante,
Do torvelinho da memória,
Ilusão tão delrante,
e finalmente o amor em glória.

Entre o passo e o espaço,
minhas frases se prenderam a ti,
Unidas como num laço,
num eterno amor sem fim.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Ponto de Equilíbrio.

Nossa, essa semana tá sendo muito agitada, mil provas, audições, textos,falas, pensadores, coreograias...uma confusão só.
Agora, ta fazendo um friozinho aqui no meu quarto, acabei de escrever meu currículo, e to esperando o sono chegar, amanhã terão duas provas TENSAS, mas pra relaxar...

Na montanha-russa da vida, passamos por altos e baixos, sobre esse tipo de bipolaridade à qual estamos submetidos durante toda nossa existência, comecei a pensar...
Um dia pode começar de forma caótica, parece que quando o Sol nasceu, com ele, veio a sensação de que hoje vai ser um dia daqueles, eu passei por isso várias e várias vezes, e começa realmente assim...Porém, parte de mim crê que pode melhorar, que essa sensação de fim-do-mundo pode passar e ser substituída por uma sensação de alegria, quando isso acontece, eu sempre procuro algumas saídas, umas dessas saídas são os meus amigos(vide texto abaixo).
Outra saída são as paixões e os amores...Primeiro, vamos ressaltar a diferença entre Paixão e Amor....

A Paixão é dinâmica, no sentido de que ela é o ponto de partida de qualquer coisa, seja paixão por escrever,ler,dançar ou, até mesmo, por alguém...a paixão é aquela força que ninguém sabe de onde vem, nem como chega, mas quando ela chega, não tem corrente,aperto,camisa-de-força,que detenha, a Paixão é o começo, aqui vai o primeiro conselho, apaixone-se sempre, todos os dias, seja por algo novo como pela sua nova playlist,seja por aquela pessoa nova, ou seja por algo velho, como, no meu caso, pela sua rotina. Todos os dias eu me apaixono pela minha rotina, sou tão apaixonado por ela que essa paixão já se tornou Amor.
O Amor, diferentemente da paixão, tem caráter estático, isto é, é ele quem dá EQUILÍBRIO à paixão, a Paixão te MOVE, o Amor te EQUILIBRA, o Amor é aquele que aceita as dificuldades e as transforma, com seus óculos cor-de-rosa, em felicidade.
Quando, em dois seres, ocorre a fusão destas duas emoções, surge ai, um Romance.
Muitos livros,novelas,seriados,filmes,etc tem como base Romances já existentes, porém quando ocorre um desequilíbrio, exemplo quando a Paixão perde sua força, e o Amor já não consegue sustentar...
O segredo é saber medir,porém, reascender paixões pode ser algo perigoso,melhor, pode ser algo PERIGOSÍSSIMO, nunca se sabe quais as feridas que ainda não cicatrizaram de forma completa, ou quais segredos não foram tão bem guardados...
Ame, mas apaixone-se. Apaixone-se, mas ame.
Não deixar que nenhum sobreponha-se ao outro, não deixar desequilibrar.
Na corda bamba das emoções, é melhor ter cuidado, nem sempre terá uma rede de proteção pra ti salvar, e como dizem, quanto mais alto, maior a queda.
Não se desequilibrem.

sábado, 22 de maio de 2010

sexta-feira, 21 de maio de 2010

existência.

Existir, segundo o diciónário, existir significa ter existência,realidade. Mas, em que consiste essa existência? E mesmo sendo uma palavra sinônima, será que existir tem o mesmo sentido de viver?
Durante, as ultimas madrugadas, andei me questionando sobre isso.
Um famoso filósofo,chamado Descartes(pronuncia Dé-cartes), uma vez disse: Cogito,ergo sum. Pros poucos versados em latim, isso quer dizer 'Penso,logo existo'. Sei que muita gente, incluindo minha própria mãe, discorda de mim no seguinte aspecto, eu acho que o que faz com que o homem seja realmente homem não é a capacidade que ele tem de pensar.
Pensar é um ato extremamente bruto, pensar, embora faça-se necessária a existencia da lógica, é algo complexo, não tiro deste seu mérito(se você chamar complexidade de mérito), mas, pra mim, pensar é algo tão sem profundidade, tão sem vontade...o pensamento é frio ( EU DISSE PRA MIM).
A frieza da lógica é algo que muito me incomoda, não levar em conta as questões empáticas, os sentimentos e as próprias emoções é algo que muito me incomoda.
Como certa música racional uma vez disse 'É isso que você consegue quando deixar seu coração ganhar', mas ai ocorre um desmérito das emoções, afinal, se não deixássemos nossos corações ganharem nas constantes guerras dele com o cérebro, será que nós faríamos as incríveis amizades que encontramos nessa vida, ou será que encontraríamos aquele alguém especial?
Ao contrário de Descartes, eu não acho que aquilo que cause a existência do homem seja o pensamento, mas sim a emoção. De que adiantaria pensar em fazer algo, se não fossemos tomados pela emoção da vontade, aquilo que põe em prática o pensamento?
A frase desse filósofo não está errada, apenas, incompleta.
Abandonemos o Penso,logo existo, adotemos o Penso e SINTO, logo existo.
Pense assim, de que adiantaria você ter todas as idéias se você não tivesse a emoção da vontade pra colocá-las em prática?
Desculpem-me os racionais de plantão, mas o coração, de vez em quando, também fala, e se você for racional o bastante, você irá escutá-los. :)

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Um conto.

Era uma noite quente e estrelada, do lado de fora da casa, a menina olhava o velho album, as fotografias já amareladas pelo tempo. O cheiro de grama, a canção dos grilos ao longe, tudo a fazia lembrar dos rostos nas fotos. O Pai, a mãe, o irmãozinho...
Ela estava sentada debaixo da velha árvore, a mesma que ela plantou no dia do nascimento de seu irmão.
O calor da noite envolvia seu corpo de uma forma suave, de modo que o suor que exalava misturava-se com o perfume, criando, assim, um aroma com um toque venenoso.
Perdida entre as memórias de seu passado, algo, de repente, a fez sair de sua viagem pelo torvelinho da memória e voltar ao lugar onde estava.
Um homem a olhava, pela penumbra da lua, ela só conseguia ver o reflexo das estrelas naquele olhar azulado.
- Você veio. - disse a moça sem tirar seus olhos do álbum.
O rapaz não falou nada, apenas deslizou para o lado da moça, sentando-se ao lado da mesma e começou a admirar as fotos.
- Esse foi o aniversário de casamento dos meus pais. - disse a moça parando em uma das fotos. - Foi o dia mais lindo da vida deles. Estavam felizes, sorriam, nunca os vira daquela forma, pareciam que o casamento deles acabara de acontecer.
O homem continuou em seu silêncio, apenas olhando as fotos, seu braço deslizou suavemente por trás da cabeça da moça, pousando no ombro oposto. Quem por ali passasse pensaria que eram um casal apaixonado.
- Nesse dia, meu irmão me deu um presente lindo, foi o dia em que ele me deu esse pingente.- disse a menina tirando a pequena letra de brilhante e mostrando ao rapaz.
O rapaz continuou em seu silêncio, apenas observando os detalhes do rosto da menina. Os olhos cor de mel dela estavam fixos no álbum, as sobrancelhas em seu desenho perfeito estavam baixas, como se uma memória ruim tivesse resolvido aparecer na mente da moça.
- Esse dia... - começou a menina.
- Não precisa dizer que dia foi esse. - Manifestou-se o rapaz. - Me lembro bem do que aconteceu. - disse ele em sua voz suave.
- Por que tão cedo...
- Não somos nós que escolhemos nossa hora, mas a nossa hora que nos escolhe. - pela primeira vez o olhar dos dois havia se cruzado, o mel e o azul foram tão intensos que um leve arrepio subiu pela espinha da moça.
- Só queria poder revê-los.
- Sua hora ainda não chegou. - disse o rapaz encostando seus cabelos desarrumados no rosto da menina.
Ela se aconchegou no peito do rapaz.
- Eu sinto a falta deles.
- A morte sabe o que faz. - com isso ele se levantou, beijou a testa da moça. - Um dia você os reverá, e nesse dia, também ficaremos juntos.
- Você promete?
- Dou minha palavra de honra.
O menino deu de costas para ela,tomou impulso no chão e flutuou em direção à lua.
A menina continuou ali sentada, observando a última foto do álbum, seu pai, sua mãe, seu irmão, ela e um outro rapaz, seu eterno amante, o anjo da morte.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

l'amitié...

Meu dia hoje foi um dos famosos dias em que você poderia ter evitado tudo se não tivesse levantado da sua cama e tivesse tirado um dia de folga, mas como nós nunca sabemos o que a vida nos reserva, seja isso bom ou ruim, devemos fazer como fazemos sempre. Hoje, eu descobri uma coisa que eu já sabia...Na verdade, eu não descobri, eu apenas consegui lembrar...
Durante nosso tempo de vida aqui na Terra, nós, por influência da sociedade, somos obrigados a nos relacionar...mesmo o mais misantropo de todos os homens tem que ter relações. É nesse fato que mora uma das grandes bençãos e maldições do mundo.
Enquanto vivermos, encontraremos pessoas que nos colocarão pra baixo, que nos dirão o que devemos fazer, que vão falar mal de nós pelas costas, esses são os famosos FILHOS DAS PUTAS. Mas como para cada doce existe o sal, a vida nos presenteou com um pequeno grupo de pessoas, um grupo que por todos os altos,baixos e loopings da montanha russa da vida estarão conosco, um grupo que nos faz lembrar que para que se possa dar o salto e ,assim, conseguir voar, primeiro, é necessário pegar impulso com os pés firmes no chão, esse grupo,meus caros leitores eu os apelido carinhosamente de amigos.
O ser humano é dotado de uma profunda carga de sentimentos, o fenômeno da amizade é sustentado por vários desses, porém, resolvi puxar da incrível gama de emoções apenas um para estudar, um sentimento que, para mim, é o que torna a amizade tão forte, o sentimento do CUIDADO.
Cuidado, uma palavra simples, mas extremamente complexa. Amigos são aqueles que cuidam de você, mesmo quando até você aparentemente desistiu de se cuidar.
Amigos são o maior bem que uma pessoa pode ter, porque eles cuidam de você, cuidam de uma forma diferente, diferente dos pais e da família, os amigos são aqueles irmãozinhos que a vida permitiu que você escolhesse. Amigos são aqueles que, mesmo quando a barra parece pesada, vão lá e empurram com você. A amizade é uma das poucas coisas que a força do tempo não consegue enfraquecer, pois, mesmo quando os amigos estão longe, seja essa distancia física ou emocional, quando a situação fica aparentemente sem saídas, um sinal é enviado aos amigos e eles sabem que é hora de chegar perto. A amizade é o bem mais precioso que eu acho. Aos meu amigos eu dedico essa postagem, a todos que são capazes de me ouvir reclamar, de serem meus ombros na hora que eu preciso de um apoio, a serem os meus grilos falantes nas horas que eu preciso de uma palavra de calma...aos meus amigos, obrigado por vocês existirem, eu sei que com o decorrer da vida muitas mudanças acontecem, amizades antigas podem até enfraquecer, mas sumir, nunca.
Aqueles que tocam nossos corações pela amizade não saem com facilidade,na verdade, não saem ficam lá e é por isso que eu digo: Uma vez Amigo,sempre Amigo.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Uni-duni-tê

'Escolhas'
Como uma palavra tão simples pode ter um significado tão complexo e, pra muitas pessoas (leia-se eu), aterrorizante.
Desde pequenos somos treinados a escolher, escolhemos os brinquedos que gostamos, os livros que leremos, as roupas que vamos usar e por ai vai...Quando nos tornamos adolescentes, escolhemos com quem vamos dar nosso primeiro beijo, com quais amigos iremos andar,qual o futuro que teremos ao ingressar numa faculdade...A vida é feita dessas escolhas, e não importanto qual seja, ela terá consequências. Sobre essas consequências, comecei a pensar...
Se por um passo em falso ou, como minha mãe aprendeu a dizer recentemente, um risco que não seja calculado, nós talvez paguemos um preço caro.
Eu sou o tipo de pessoa que demoro pra escolher, demoro MESMO, porque, infelizmente, a sociedade assim me ensinou.
Hoje a maioria das escolhas( eu disse a MAIORIA) é feita por base do uso da razão, e é nesse aspecto que eu me prendo. A razão é o que difere os homens dos outros seres, mas até que ponto a razão é pra ser considerada um presente?
As emoções,onde foram parar?
Escolher pela emoção é visto pela sociedade como 'errado', não se deve escolher só porque assim se quer...Mas esse pensamento não vai de encontra com o Amor a Primeira Vista?
Afinal, existe sensação mais prazerosa do que aquela em que você uma pessoa, pode ser pela primeira vez, ou não, mas você a vê e seu coração se prende por um tempo a mais em sístole? Quando você não sabe o que é, mas SENTE o que é.
As decisões que são tomadas pelo coração tem grande chance de não serem, em sua maioria, práticas no mundo real, mas, de vez em quando, alguma estrela lá no céu pode consipirar a seu favor...Deixe o coração escolher,descanse um pouco essa razão sempre tão tensa...Na dúvida,se tiver medo de deixar o coração escolher e de descansar a razão, fica a dica...Uni-duni-tê...

domingo, 16 de maio de 2010

Tarde de Domingo

Esparramado pelo sofá da sala,
O calor e o abafado de forma constante,
A preguiça pesada na alma,
E o tempo passante,

O latido dos cães a distancia,
O telefone parado,ao lado,
As fotos de um passado e da infancia,
A vida de um amor bem mal amado,

Um amor sozinho e estranho,
Que na face de seu encanto, desencantou,

Às três horas o tempo para,
De modo traidor ao seu normal,
O Coração ferido sara,
E a tortura começa desigual,

Às seis horas, o relogio vem anunciar,
O termino do dia e da semana,
E o povo pensa em recomeçar,
A Vida, A morte e a esperança,
De mais uma semana e mais um dia.



esse não ficou tão bom quanto eu gostaria, eu tenho um melhor, em algum lugar,sobre a tarde de domingo, vou procurá-lo e tentar colocá-lo ainda hoje... Boa semana e bom final de tarde a todos.

sábado, 15 de maio de 2010

a carta,

Amor,
Grande amor meu,
Sua ausência se faz presente,
E meu coração com isso sofre,
Se pudesses,tu, sentir o que ele sente...
Como vai nosso cachorrinho?
Melhorou daquele problema?
E sua irmã,como está?
Sinto falta do teu abraço,
Há um excesso dew espaço,
Volte logo, amor meu,
Noite passada,
Lembrei me de ti,
A lua branca e redonda lá no céu,
E as estrelas que cintilavam,
Do jeito que estavam quando eu ti vi,
Amor meu,
Volte logo,
Pois não aguento de saudade,
Amor meu,
Preencha esse vazio,
Que em mim ficou,
E traga de volta,também,
Meu coração que você levou.

A saudade aperta intensamente a cada instante,
Beijos,toques,sensações...delirantes,

Amor Teu.

Na Madrugada I

O silêncio da rua,
As luzes apagadas,
A falta de pudor da doce Lua,
E o grito de prazer das amadas,

Na madrugada habitam os sonhos,
Aqueles que vieram da infância,
E que no presente, despertam a ansia,
E do futuro, a inconstancia,

Entre o Crepúsculo e a Aurora,
Durante a silenciosa Madrugada,
A ti, o meu amor de outrora,
Desejo novamente ter como amada,

Ouve o Lamento desse pobre coração,
Banhado de lágrima e de Saudade,
Aperta-me de novo a mão,
Mesmo que seja só de má vontade,

Volta para mim doce passado,
Deixa-me perder no teu olhar distante,
Para sempre na ilusão tão delirante,
Da única vez que me senti amado.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Morango, fora doce como morango, ou teria sido amora? Não lembrava ao certo o sabor, lembrava-se da textura, do movimento, da sensação de borboletas querendo devorar seu estômago, mas o sabor lhe faltava. E só o fato de lembrar essa história, a boca ficava trêmula e a língua começava a dançar desajeitada por entre os dentes.

Era dia 31 de dezembro, todos estavam comemorando no hotel que ficava a beira-mar. Ele havia fugido daquela bagunça, escondendo-se em uma das mesinhas vazias perto da piscina.

Não gostava daquele alvoroço, pessoas gritando e bebendo, achava tudo àquilo insuportável.

De tão distraído que estava, não reparou na menina sentada na borda da piscina com os pés dentro d’água, ela o encarava.

Num surto de atitude, algo que sempre lhe faltara, ele gesticulou para a menina, indicando a cadeira ao seu lado.

Um rubor preencheu as maçãs do rosto da menina. Ela levantou, calçou as sandálias, mesmo com os pés molhados e andou até a mesa, sentando-se na cadeira próxima à do menino.

- Como é o seu nome? – perguntou o menino sorrindo de leve.

- Jolie. – respondeu a menina, enrolando o dedo nos cabelos castanhos. – e o seu?

- Marco. – disse, encarando os dois jades que eram seus olhos. – Linda

- Que foi que disse? – ela olhou espantada.

- Seu nome, vem do francês, significa linda.

- Ah.

- Ma-mas você é. – falou corando.

- Obrigada. – Sorriu.

A mão dela sentiu um leve carinho vindo da mão dele, que pousara, gentilmente, em cima da sua.

- Quer beber alguma coisa? – perguntou ele dando um sorriso torto.

- Adoraria. – assentiu ela.

Ele correu para o bar, próximo da piscina, lá pegou duas latinhas de refrigerante e correu de volta para a mesa.

- Aqui! – disse entregando na mão dela.

Ela pegou a lata e sorriu.

- O que é isso que você está fazendo com o anel da latinha?

- É uma brincadeira que minha mãe me ensinou, você mexe o anel para trás e para frente, na letra que parar é a inicial da pessoa que te ama de verdade.

- Legal, vou tentar.

Os dois arrancaram os anéis em ordem dessincronizada, primeiro ele e três movimentos depois, ela.

Ele cogitou perguntar que letra tinha dado, mas acho melhor não.

- Vem cá! – disse ela, levantando-se da cadeira e puxando-o até a borda da piscina.

O toque da mão dela na dele o fizera sentir um delicioso arrepio.

Ela sentou e colocou os pés na água, em seguida ele fez o mesmo.

- Que noite mais linda! – exclamou a menina, olhando para o céu estrelado.

- Não tão linda quanto você. – ele deixou escapar, com isso, seu rosto ficou mais vermelho.

Ela corou de leve, sua mão tateou até a dele. Eles se entreolharam.

Ele aproximou seu rosto até poder enxergar as sardas do rosto dela, o som de fogos de artifício explodindo ao fundo.

press start.

Há vezes em que surge dentro de você uma vontade, e essa é tão forte que, mesmo que seja ignorada por algum tempo, ela fica ali, dentro da sua cabeça, cutucando, martelando e tentando conseguir encontrar a parte do cérebro responsável pelas ações. Bem, foi mais ou menos assim que aconteceu, e então, aqui estou eu, criando meu blog.
Com o começo desse blog, eu comecei a pensar sobre os começos. Sim, os começos...Durante a nossa vida, passamos por uma série de começos, cada começo é tem sua singularidade.
Todo começo tem aquela sensação de coisa NOVA, como o primeiro dia numa escola, onde as borboletas do seu estômago parece que não foram alimentas e você fica totalmente nervoso, ressalva que o mesmo ocorre quando você sai da escola e vai pra faculdade, ou como no primeiro beijo, quando você começa a ver que duas almas podem compartilhar o mesmo corpo.
Como disse certo filme que assisti, Comecemos pelo começo, vamos para o meio e por fim, cheguemos ao final.
Acho que depois desse pequeno prólogo eu posso me apresentar...bem, meu nome é Mário, eu tô no primeiro semestre do curso de Direito eu faço Hip Hop e sim, eu gosto de escrever...Aqui e ali eu escrevo um conto, um poema ou alguma coisa do gênero...
Sem mais delongas, meu primeiro Conto a ser postado fala sobre um começo...