sábado, 15 de maio de 2010

Na Madrugada I

O silêncio da rua,
As luzes apagadas,
A falta de pudor da doce Lua,
E o grito de prazer das amadas,

Na madrugada habitam os sonhos,
Aqueles que vieram da infância,
E que no presente, despertam a ansia,
E do futuro, a inconstancia,

Entre o Crepúsculo e a Aurora,
Durante a silenciosa Madrugada,
A ti, o meu amor de outrora,
Desejo novamente ter como amada,

Ouve o Lamento desse pobre coração,
Banhado de lágrima e de Saudade,
Aperta-me de novo a mão,
Mesmo que seja só de má vontade,

Volta para mim doce passado,
Deixa-me perder no teu olhar distante,
Para sempre na ilusão tão delirante,
Da única vez que me senti amado.

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